Muitos riostrenses não sabem, mas a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca realiza um trabalho de readaptação dos pássaros silvestres apreendidos em operações policiais. As aves são colocadas em quarentena, período de observação que varia de 30 a 40 dias. O trabalho é realizado na área externa do Parque dos Pássaros há cerca de cinco anos.
De acordo com Adriana Moutinho, veterinária responsável, o período é importante para que os pássaros reaprendam a voar, buscar alimentos e conviver com outras aves. “Um animal criado em cativeiro é presa fácil para predadores. Também observamos que algumas aves chegam agressivas e estressadas. Às vezes acontece de estarem doentes”, disse.
Além dos animais apreendidos, o local também recebe aves que são entregues por famílias. “Alguns pássaros chegam mal cuidados porque seus donos não tem conhecimento sobre a maneira mais adequada de se lidar com um animal silvestre. Os papagaios, por exemplo, quase sempre estão acima do peso”, conta Adriana.
Após o período de observação e tratamento, as aves recebidas podem ser soltas na natureza, devolvidas ao Ibama ou colocadas no viveiro do Parque. Atualmente, dentre os animais que estão em quarentena, há duas espécies em extinção segundo lista do Ibama: o papagaio Chauá e a Tiriba Perola.
O assessor técnico da Secretaria, Ivan Noé, reforça a importância da devolução das aves. “Quando a ave é devolvida voluntariamente, a pena é atenuada. Faça a entrega, pois não adianta mantê-la em casa. Chegará o momento em que será feita a denúncia e o dono vai ser autuado através da Lei de Crimes Ambientais”, afirma.
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